Conheça 10 africanas com projetos científicos e tecnológicos inspiradores

1) Esther Kunda

Esther Kunda ajudou a criar a ‘Sarura’, uma aplicação baseada em SMS automáticas que permite aos agricultores acesso a informação agrícola e aos melhores produtos do mercado. Sendo a agricultura responsável por um terço do PIB do Ruanda, esta aplicação vai ajudar muitos pequenos agricultores do país a encontrar métodos mais eficientes e sustentáveis ​​de produção e escoamento de produtos agrícolas. Kunda também está envolvida num programa de divulgação tecnológica – MsGeek – que pretende ajudar as jovens ruandesas a divulgar novas tecnologias.

2) Tebello Nyokong

A União Africana atribuiu à química sul-africana Tebello Nyokong o prémio científico Kwame Nkrumah, em reconhecimento dos seus esforços para fazer avançar a ciência no continente. A Professora Nyokong foi elogiada pela sua pesquisa pioneira em terapia foto-dinâmica para o tratamento do cancro.

3) Kopano Matlwa Mabaso

A dra. Kopano Mabaso está a fazer um doutoramento em Saúde da População, na Universidade de Oxford. A sua investigação centra-se em políticas e sistemas de saúde resilientes. Mabaso fundou a Transitions Foundation, uma ONG cuja missão é oferecer educação de alta qualidade a todas as crianças de África. A Dra. Mabaso também é escritora, tendo conquistado uma série de prémios internacionais pelos livros “Coco” e “Split Milk”.

4) Julie Makani

Julie Makani, investigadora da Tanzânia, é uma das hematologistas mais notáveis de África. O seu trabalho sobre a anemia e a doença falciforme levou a uma nova compreensão destas doenças. Embora a doença falciforme seja uma das principais causas de mortalidade infantil no continente, praticamente não existem estudos sistemáticos realizados e não há dados sobre as questões mais básicas, como as complicações mais comuns.

5) Blessing Kwomo

Dada a sua aptidão para a matemática, a empresária nigeriana, Blessing Kwomo, foi encorajada a tornar-se engenheira. No entanto, ela decidiu aproveitar os seus talentos para ajudar a resolver problemas de saúde que enfrentam as famílias com poucas posses económicas, como a febre tifóide, cólera e tuberculose. Kwomo lançou a ‘De Rohoboths Therapeutic Studio’, que aposta numa abordagem holística à doença, relacionando as condições de vida de um paciente com a causa e o desenvolvimento das doenças infecciosas. Kwomo foi nomeada uma das finalistas do Prémio Anzisha de 2015, que celebra os empresários mais inovadores de África.

6) Linda Waireri

Com uma sólida experiência em desenvolvimento internacional, Linda co-fundou o ‘Laboratório de África Engenharia’, um programa destinado a impulsionar a inovação e a criatividade através da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM). Através de workshops interativos e práticos executados com parceiros como a Philips Africa Research & Innovation Hub, os alunos aprendem as habilidades técnicas e de design necessárias para se tornarem empresários inovadores.

7) Naadiya Moosajee

Naadiya descreve-se como uma “empreendedora social em série”. Com formação em engenharia, Naadiya decidiu criar a ‘WomEng’, uma empresa social para o desenvolvimento da próxima geração de mulheres líderes em engenharia de todo o mundo. Atualmente, WomEng opera na África do Sul e Quénia, mas aspira a expandir-se para a África Ocidental. 

8) Nagwa Abdel Meguid

A Dra. Meguid é uma geneticista de renome que identificou uma série de mutações genéticas que causam doenças genéticas comuns, incluindo a síndrome do X frágil. Em 2002, foi reconhecida pelo seu trabalho inovador com o Prémio L’Oreal UNESCO para Mulheres na Ciência para a África e Médio Oriente. A Dra. Meguid está ativamente envolvida na formação e ensino de jovens médicos e cientistas.

9) Juliana Rotich

Na sequência de uma eleição presidencial fortemente contestada em 2007, o Quénia entrou em violência, resultando em mais de 1000 mortes e deslocamento de mais de 500000 civis. A agitação generalizada inspirou Juliana Rotich para co-fundar a ‘Ushahidi.com’, uma plataforma de software que permitiu que os cidadãos denunciassem incidentes de violência e os mapeassem através do Google Maps. Desde então, Usahidi tornou-se um verdadeiro ecossistema de software crowdsharing open-source que torna fácil para as pessoas em todo o mundo divulgar e recolher informações sobre uma crise. Após o seu sucesso com Usahidi, Rotich entrou para a equipa fundadora da BRCK Inc, uma empresa de hardware que desenvolveu um dispositivo Wi-Fi, auto-alimentado móvel que conecta as pessoas com a Internet em áreas com infra-estruturas precárias.

10) Jamila Abass

Abass é o co-fundadora da MFarm, uma empresa de software móvel queniana que dá a pequenos agricultores, informações vitais de mercado via SMS e ajuda-os a alcançar os consumidores. Desta forma, a aplicação cria um ecossistema de intercâmbio de conhecimentos, agregação e oportunidades de emprego que ajuda a viabilizar as pequenas e médias explorações agrícolas.

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