No coração da epidemia de SIDA, em Durban, África do Sul, entre 18 e 22 de Julho, terá lugar a XXI Conferência Internacional sobre a SIDA.
Todos os anos, em França, surgem mais de 6 000 novos casos de infeção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), e outros 380 000 casos surgem todos os anos na África do Sul.
A última vez que a mesma conferência internacional foi realizada em Durban, há 16 anos, a África do Sul registava 640 000 novos casos por ano.
Apesar dos avanços registados na luta contra a epidemia, no último relatório da ONU SIDA as palavras do seu director executivo, Michel Sidibé, não são tranquilizadoras: “No caso de um ressurgimento de novas infecções pelo HIV a epidemia irá tornar-se incontrolável. O mundo deve, por isso, implementar imediatamente as medidas necessárias para pôr fim definitivamente à epidemia”.
Com este objectivo, a ONU-SIDA pede à comunidade internacional um esforço adicional com vista a desenvolver todo o potencial da terapia anti-retroviral com o objetivo de acabar com a epidemia em 2030. O objetivo é que até 2020 90% das pessoas que vivem com HIV conheçam o seu estado, 90% das pessoas conscientes do seu estado tenham acesso à terapia anti-retroviral e, finalmente, 90% das pessoas que recebam tratamento já não tenham cargas virais detetáveis. Estes números a nível mundial são, respetivamente, 57% -46% -38%.
Em 2015, 10 milhões de pessoas HIV-positivas ainda não tinham acesso ao tratamento anti-retroviral, ainda que quase 17 milhões de pessoas recebam tratamento, “duas vezes mais do que em 2010 e 22 vezes mais do que em 2000”, disse o ONU SIDA.
As políticas contra a transmissão do HIV da mãe à criança está a dar resultados em alguns países da África do Sul e as novas infeções em crianças com menos de 15 anos passou de 290 000 para 150 000 por ano ao longo dos últimos cinco anos.