As mulheres da Guiné-Equatorial deploraram e denunciaram no momento da celebração dos direitos da Mulher, a 8 de Março, o assédio sexual pelos seus chefes imediatos e a falta de atenção ao nível educativo.
Na Guiné-Equatorial, as poucas mulheres em postos de responsabilidade alcançaram esses lugares por laços familiares, por afinidade política e por relações sentimentais, de acordo com fontes contactadas.
O Senado é uma das raras grandes instituições que é dirigida por uma mulher, Teresa Efua Asangono.
No aparelho do Governo, em mais de cinquenta ministros, apenas duas são mulheres. Evangelina Filomena Oyo Ebule é ministra da justiça e instituições penitenciárias enquanto Consuelo Odo Nsang tem a pasta da promoção da mulher e da igualdade de género.
A percentagem de mulheres nas duas câmaras do parlamento não supera os 10%.
O número e percentagem de mulheres que têm o nível de estudos superiores é muito baixa. Por esta razão, Genoveva Abeso, socióloga, apelou às mulheres a continuarem os seus estudos para poderem atingir postos de responsabilidade. Segundo ela, a educação das crianças poderia ser uma ferramenta fundamental para conseguir a igualdade de oportunidades.
As autoridades de Malabo decidiram durante este ano lectivo não aceitar nos centros educativos adolescentes grávidas, uma medida destinada a prevenir as gravidez precoces.