A Comissão Judicial de Inquérito (JCI), instituída pelo estado de Kaduna, na Nigéria, para investigar o sangrento confronto entre o exército nigeriano e o Movimento Islâmico na Nigéria (IMN), de influência xiita, arrancou ontem, quarta-feira.
A comissão começou o inquérito sem um representante do IMN. Já anteriormente a comissão adiou a sessão devido à ausência de um representante legal do IMN.
Em dezembro de 2015, o exército e a seita xiita tiveram um violento confronto em Zaria onde foram detidos o líder do grupo, Sheikh Ibrahim El-Zakzaky, e a sua mulher, e foram mortos mais de 300 xiitas nigerianos.
Na sessão da comissão judicial, o exército notificou quatro testemunhas que estavam com a escolta do Estado-maior, tenente general Tukur Burutai, no dia em que começaram os confrontos.
Os oficiais declararam que demoraram três dias para que o exército procedesse à detenção do líder do IMN.
Testemunhando perante a comissão, o brigadeiro general Ted Hamman do exército nigeriano declarou que foram os xiitas que iniciaram os disparos contra o exército.