Chegam à Tanzânia 600 burundienses por dia, e atualmente são mais de 220 mil refugiados no país. Estima-se que este número possa aumentar 30% durante este ano. O espaço é cada vez mais limitado e as condições para acolher tanta gente começam a faltar. Por isso, o Alto Comissariado da ONU fez um apelo para se reforçar o apoio aos refugiados do Burundi que chegam à Tanzânia.
Os maiores problemas destes campos de refugiados são o acesso “aos serviços sociais básicos, a proteção da criança, o combate à violência sexual e de género, a falta de aulas, a prevenção do absentismo e o apoio a pessoas com necessidades especiais”. Por isso a ACNUR pede ação neste sentido, por exemplo através de mais terras disponíveis para receber o fluxo de refugiados do Burundi. A organização frisa que as instalações devem ser melhoradas, para “garantir abrigo aos refugiados e evitar que as suas condições piorem drasticamente”.
O outro pedido aos doadores é que aumentem os fundos de auxílio. Em 2016, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados recebeu cerca de 96 milhões de dólares para apoiar a situação no Burundi, pouco mais de metade do valor necessário.
Depois da Tanzânia, o país que recebe mais burundienses é o Ruanda e a República Democrática do Congo.