Os especialistas advertiram que o Burundi está muito perto de uma guerra civil em grande escala, e de atrocidades em massa, o que está a levar a União africana a considerar enviar 5000 soldados e polícia para o país numa missão de “proteção e prevenção”, durante pelo menos seis meses.
Grupos de direitos humanos como a Amnistia Internacional, emitiram avisos igualmente alarmantes sobre o risco de guerra. Um grupo de direitos humanos , a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH ), com sede em Paris, disse que cerca de 300 jovens foram presos nas suas casas no Burundi nos últimos dias, cerca de metade foram executados, enquanto a outra metade está desaparecida.
A crise começou em abril , quando o Presidente burundês, Pierre Nkurunziza, anunciou a sua candidatura, legal, mas duvidosa para um terceiro mandato. Seguiram-se semanas de protestos, e o conflito tornou-se cada vez mais violento. A polícia disparou contra os manifestantes , os militares tentaram um golpe de Estado , e os rebeldes atacaram bases militares.
Pelo menos 400 pessoas foram mortas desde que a crise começou, incluindo, pelo menos, 87 mortos num único dia de violência na sexta-feira, o pior até agora. Quase 3500 pessoas foram presas, e mais de 220 mil refugiados fugiram do país.