EUA reforçam presença militar na Europa de Leste

A NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN) e os Estados Unidos estão a mudar a sua atuação na Europa de Leste em resposta a uma “Rússia ressurgente e agressiva”, afirmou o general do norte-americano, Philip Breedlove, que lidera a presença norte-americana na Europa, EUCom.

As declarações de Philip Breedlove em Riga, capital da Letónia, surgiram um dia depois do Pentágono ter anunciado o reforço da presença militar no leste da Europa  junto à fronteira com a Rússia através do apelidado Plano de Implementação da Iniciativa de Reasseguração Europeia.

Os Estados Unidos vão ter  uma brigada blindada destacada em permanência e sem interrupções de rotatividade na Europa de leste a partir de fevereiro de 2017. Esta decisão surge no âmbito dos esforços norte-americanos para dissuadir uma eventual intervenção russa naquela região.

Durante encontros com alguns líderes da NATO nos países bálticos, Breedlove disse que os Estados Unidos estão preparados para lutar e ganhar, caso seja necessário. O general justificou ainda esta medida com o facto de a Rússia ter vindo a expandir a sua influência na sua periferia nos últimos 2 anos.

“Este plano (…) continua a demonstrar a nossa abordagem forte e equilibrada para tranquilizar os nossos aliados e parceiros da NATO no contexto de uma Rússia agressiva na Europa do leste e em outros lugares”, disse o general Philip Breedlove, num comunicado.

“Os nossos aliados e parceiros vão ver mais capacidade. Vão ver uma presença mais frequente de uma brigada blindada com equipamentos mais modernizados nos seus países”, acrescentou.

Com esta brigada blindada (4.200 soldados equipados, incluindo tanques e veículos blindados), o exército norte-americano terá em permanência três brigadas de combate na Europa. Em caso de conflito, estas três brigadas, mais o equipamento armazenado no terreno, poderão constituir rapidamente uma divisão completa, segundo os planos do Pentágono.

A Rússia, entretanto, já reagiu à decisão do Pentágono e garante que não vai assistir passiva ao reforço militar norte-americano no leste da Europa.

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