Centenas de civis morreram nos ataques da coligação nos últimos dias em Mossul

A coligação internacional contra o jihadismo reconheceu este fim de semana ter executado um dos ataques de 17 de março, que levaram à morte de mais de 200 civis, a pedido do exército iraquiano, adiantando que está em curso uma investigação para apurar se civis estavam entre as vítimas mortais.

Os socorristas contabilizaram centenas de corpos nos escombros do ocidente de Mossul. Após o bombardeamento, os vizinhos das vítimas tentam, com as mãos, libertar possíveis sobreviventes.

Este domingo, o chefe das forças americanas no Oriente Médio, General Joe Votel, lamentou em comunicado a “terrível tragédia”, que é a morte de civis, sem assumir formalmente a responsabilidade pelo atentado. “Estamos a investigar este incidente para determinar exatamente o que aconteceu, e vamos continuar a tomar medidas excecionais para evitar atingir civis”, acrescentou.

Os bombardeamentos da coligação internacional intensificaram-se numa cidade que ainda abrigaria 600.000 pessoas na parte ainda controlada pelo Estado islâmico. Mais uma vez, o povo de Mossul se sente traído e ignorado, como se as suas vidas não fossem importantes.

As famílias estão retidas. Se tentarem fugir, são abatidas pelos jihadistas. Os combatentes do Estado Islâmico estão posicionados em casas que abrigam famílias inteiras. Para neutralizá-los mais facilmente, o exército recorre a ataques da coligação internacional.

Na batalha que dura há cinco meses, os soldados no terreno estão esgotados e ainda falta tomar a parte mais complexa da cidade, o que só aumenta a necessidade de apoio aéreo.

Belkis Wille, um pesquisador sobre o Iraque para a Human Rights Watch denuncia a estratégia de acelerar a conquista à custa da segurança dos civis.

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