No combate ao terrorismo na região do Sahel os exércitos nacionais fazem face à problemática da sua acção ser frequentemente travada na linha fronteiriça dos seus países. Um problema que os grupos jihadistas na região não têm, operando num país e recuando para o Estado vizinho.
Tal foi o cenário após o ataque a 16 de dezembro contra a guarnição do Grupo das Forças Armadas antiterrorista (GFAT) em Nassoumbou, no norte do Burquina Faso, que após a operação o grupo terrorista recuou para o Mali.
Perante esta problemática securitária o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta (IBK), decidiu agendar a reflexão sobre a impermeabilidade das fronteiras face à ameaça terrorista na região. “Está fora de questão que vão matar impunemente no Burquina e depois se refugiam tranquilamente no Mali”, referiu IBK quando exprimiu “solidariedade” com o seu homólogo buquinabé, Roch Marc Christian Kaboré, após o ataque em Nassoumbou.
Também o presidente mauritano, Mohamed Ould Abdel Aziz, defendera recentemente a necessidade de uma força regional para “combater e neutralizar” os movimentos terroristas. Para Ould Abdel Aziz “num quadro global e com objectivos claramente delimitados no tempo e no espaço”, o exército mauritano poderia operar no Mali.