Em entrevista à RTP3, António Guterres reiterou a sua decisão de não se candidatar à Presidência da República, cargo para o qual diz não sentir vocação. “Todos devemos fazer na vida aquilo para que temos vocação e a minha é a acção no terreno, intervir permanentemente. A minha visão do Presidente da República é o oposto a isto. Deve ser um árbitro e eu gosto de jogar à bola”, disse.
“Não tenho nenhuma intenção de apoiar nenhum candidato sem o meu partido se pronunciar. Tudo dependerá daquilo que o PS fizer. Tenho a obrigação de não criar problemas nem gerar atenções para mim”, adiantou o ex-primeiro-ministro.
Questionado sobre a situação política do país, Guterres defendeu que a solução encontrada por António Costa para chegar ao governo (acordo entre o PS, o PCP, o BE e Os Verdes) é “politicamente legítima”.
António Guterres deixou este mês o cargo de Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, e afirma que voltar à política não está nos seus horizontes.