Uma equipa de cientistas da National Ignition Facility do Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, alcançaram, pela segunda vez, o ganho líquido de energia numa reação de fusão nuclear usando lasers para fundir dois átomos. É mais um passo na procura de uma fonte de energia quase ilimitada, segura e limpa.
A fusão nuclear envolve a união de elementos leves, como o hidrogénio, para formar elementos mais pesados, liberando uma enorme explosão de energia no processo. A abordagem, que dá origem ao calor e à luz do sol e de outras estrelas, foi reconhecida como tendo um enorme potencial como fonte de energia sustentável e com baixo teor de carbono.
Já em dezembro, investigadores da Lawrence Livermore alcançaram, um ganho líquido de energia numa experiência de fusão usando lasers. Esta foi a primeira vez que a ignição por fusão produziu mais energia a partir da fusão do que a energia do laser usada para acioná-lo.
O Departamento de Energia dos Estados Unidos classificou esta descoberta de “grande avanço científico no desenvolvimento que abrirá caminho para avanços na defesa nacional e para o futuro da energia limpa”.
A energia de fusão aumenta a perspetiva de energia limpa abundante. As reações não liberam gases de efeito estufa ou subprodutos de resíduos radioativos. Um único quilo de combustível de fusão, composto de formas pesadas de hidrogénio, chamadas deutério e trítio, fornece tanta energia como 10 milhões de quilos de combustível fóssil.
Os cientistas alertaram que a tecnologia ainda está longe de estar pronta ou disponível para se ser uma forma energia viável e que também não resolverá a crise climática, mas mostraram agrado com os avanços realizados.