O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi o primeiro presidente a discursar na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na manhã de ontem, em Nova Iorque. O Chefe de Estado defendeu que os ricos paguem impostos proporcionais ao seu rendimento para reduzir a desigualdade na sociedade.
Sobre o combate às alterações climáticas, Lula lembrou que a promessa das potências mundiais na conferência mundial do clima de Paris em 2015 de darem recursos financeiros aos países em desenvolvimento para a realização de ações ambientais permanecem ainda “uma longa promessa.” Perante representantes dos outros 193 países-membros da ONU, Lula da Silva abordou a necessidade de combater a mudança climática, a fome e a desigualdade no planeta.
Na intervenção inicial, o Secretário-geral da ONU sublinhou o tema da mudança climática e alertou que a mudança climática está a matar pessoas e a devastar comunidades. Guterres destacou os pontos de interesse dos países em desenvolvimento, sobretudo nos países do Sul Global e afirmou que a governança global ficou parada no tempo. “O mundo mudou e nossas instituições não,” disse o responsável máximo da ONU. António Guterres mostrou preocupação para o facto de órgãos como a ONU correm o risco de, em vez de resolver problemas, se tornem a fonte dos problemas.