Todos os africanos têm pelo menos um fator de risco que aumenta a probabilidade de virem a desenvolver alguma doença crónica. Atualmente, há mais africanos em risco de contrair doenças crónicas, cuja taxa de mortalidade vai ultrapassar as mortes por doença infecciosa em 2030. E em 2020 estima-se que as doenças crónicas sejam a causa de 4 milhões de mortes em África.
Quem o afirma é a Organização Mundial de Saúde num estudo publicado hoje no qual foram observados 33 países do continente africano. Os maiores causadores destas doenças são a alimentação desequilibrada, o uso abusivo de bebidas alcoólicas e o tabaco que a longo prazo originam doenças crónicas como cancro, diabetes ou hipertensão. Entre as causas possíveis está o aumento da deslocação das populações das zonas rurais para os centros urbanos, onde o acesso ao tabaco, álcool e à fast food é mais fácil.
Em África, 46% da população sofre de hipertensão, o valor mais alto do mundo. Cerca de 35% da população tem excesso de peso e o tempo médio de atividade física diária, varia entre os 21 minutos por dia na Mauritânia e os 386 minutos por dia em Moçambique.