Num estudo publicado em março, no American Journal of Clinical Nutrition, uma equipa de investigadores da University of South Australia descobriu que pessoas com hipertensão, angina e arritmia eram mais propensas a beber menos café, café descafeinado ou evitar café completamente em comparação com pessoas sem esses sintomas, e que isso se baseava na genética.
“O consumo excessivo de café pode levar a sensações desagradáveis, como taquicardia e palpitações cardíacas”, explicam Elina Hyppönen e Ang Zhou da University of South Australia, “o nosso objetivo era investigar se os sintomas cardiovasculares podem levar a alterações nos padrões habituais de consumo de café.”
Os sintomas cardiovasculares no início do estudo foram baseados em diagnósticos hospitalares, registos de cuidados primários e/ou autorrelato. Os investigadores descobriram que os participantes com hipertensão, angina ou arritmia cardíaca eram mais propensos a beber menos café, beber descafeinado ou não beber café detodo, em comparação com aqueles que não relataram sintomas relacionados.
As pressões sanguíneas sistólica e diastólica mais altas foram associadas a um menor consumo de café com cafeína no início do estudo, com evidências genéticas consistentes para apoiar uma explicação causal. Nas análises genéticas, a maior frequência cardíaca em repouso foi associada a maiores hipóteses de beber descafeinado.
“É uma descoberta positiva que mostra que nossa genética regula ativamente a quantidade de café que bebemos e nos protege de consumir muito”, disse Hyppönen.