Inteligência Artificial usada para prever os primeiros sintomas de esquizofrenia em familiares de pacientes

Investigadores da Universidade de Alberta, no Canadá, deram mais um passo no desenvolvimento de uma ferramenta de inteligência artificial para prever a esquizofrenia, através da análise de imagens de ressonância magnética.
Num estudo publicado recentemente, a ferramenta foi usada para analisar imagens de ressonância magnética funcional de 57 parentes de primeiro grau saudáveis (irmãos ou crianças) de pacientes com esquizofrenia. A tecnologia identificou com precisão os 14 indivíduos que pontuaram mais alto numa escala de traços de personalidade com possibilidade de desenvolver esquizofrenia.
A esquizofrenia pode causar delírios, alucinações, fala desorganizada, problemas de raciocínio e falta de motivação, geralmente é tratada com uma combinação de medicamentos, psicoterapia e estimulação cerebral. Familiares de primeiro grau destes doentes têm risco de até 19 por cento de desenvolver esquizofrenia durante a vida, em comparação com o risco da população geral que é de menos de um por cento.
“O objetivo é que a ferramenta ajude no diagnóstico precoce, no estudo do processo da doença da esquizofrenia e na identificação de grupos de sintomas”, disse Kalmady Vasu um dos investigadores.