Durante mais de cem anos, pensou-se que a ave conhecida como “bico-grossudo”, encontrado nas florestas tropicais e húmidas da ilha de São Tomé, seria da espécie Neospiza. Alguns investigadores pensavam até tratar-se de um parente dos tecelões.
Mais de 100 anos depois, através de uma bolsa da National Geographic Society, o biólogo português Martim Melo respondeu ao enigma através de amostras de sangue, que vieram desvendar o mistério. Depois dos testes, descobriu-se que o pássaro pertence à espécie crithaga, considerando-se assim a maior espécie de canário do mundo, o “canário de São Tomé” (crithaga concolor). A espécie crithaga concolor está atualmente em grave risco de extinção.
O parente mais próximo daquele que é o maior canário do mundo é o “canário-castanho-de-príncipe” (crithagra rufobrunnea), que se pode encontrar na ilha de São Tomé e na ilha do Príncipe.
No arquipélago de São Tomé e Príncipe podem encontrar-se mais de 140 espécies de aves.