Winnie Kiiru, um dos dirigentes da Elephant Protection Initiative Foundation, organização pan-africana que luta contra a caça de elefantes em 21 países do continente, existem dois grandes factores que têm favorecido o aumento do número de nascimentos: a ausência de turistas e as chuvas abundantes.
Nos últimos anos, a região do Quénia registou índices de chuva bastante elevados. Isso fez com que a vegetação crescesse o suficiente para permitir que os animais se alimentassem de forma nutritiva. Assim, também houve menos mortes devido à fome ou desidratação.
Além disso, o governo queniano tem apostado na luta contra a caça, com multas cada vez mais caras e penas mais longas na cadeia. As medidas têm reduzido o número de animais caçados: em 2018 foram 80, passando para 34 em 2019 e apenas sete em 2020.
Recorde-se que entre 2007 e 2014, houve uma diminuição de 33% na população de elefantes no continente africano. Nas últimas três décadas, a população de elefantes no Quénia está em rota de crescimento. Em 1989, o número total de animais no país era estimado em 16 mil. No ano passado, o número mais do que dobrou e subiu para 34,8 mil.