Produção de petróleo e gás natural emite mais metano do que se pensava anteriormente

Um novo estudo concluiu que as emissões de metano são 90% e 50% mais altas na produção de petróleo e de gás natural, respetivamente, do que o estimado anteriormente pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA.
A equipa de pesquisa, liderada por Joannes Maasakkers, desenvolveu um método para rastrear e mapear as emissões totais de metano, através de dados de satélite, desde a atmosfera até ao solo.
“Quando olhamos para as emissões do espaço, só podemos ver como as emissões totais de uma área aumentam ou reduzem, mas não sabemos a fonte responsável por essas emissões”, disse Maasakkers. Com o método desenvolvido, os investigadores conseguiram descobrir quais eram as principais fontes emissoras de metano.
Masssakkers revela que a EPA calcula a emissão com base em processos e equipamentos, e que através deste estudo se conseguiu verificar que existe uma grande discrepância dessas estimativas nas emissões da produção de petróleo e gás natural.
“Pretendemos continuar a monitorizar as emissões de metano dos EUA usando novas observações de satélite de alta resolução e trabalhar com a EPA para melhorar os inventários de emissões”, concluem os investigadores, advertindo que “não devemos esperar até entendermos totalmente essas emissões para começar a tentar reduzi-las. Já existem muitas coisas que sabemos que podemos fazer para reduzir as emissões.”