As infecções bacterianas que não respondem ao tratamento são uma das principais causas de morte em todo o mundo. Em 2019, a resistência antimicrobiana causou cerca de 1,27 milhões de mortes, relatam investigadores. Morreram mais pessoas de infecções bacterianas intratáveis naquele ano do que de HIV ou malária.
No geral, a resistência antimicrobiana bacteriana desempenhou um papel importante em cerca de 4,95 milhões de mortes em todo o mundo, incluindo as 1,27 milhões de mortes causadas diretamente por infecções resistentes, segundo o estudo. As estimativas são baseadas numa análise do hospital, vigilância e outras fontes de dados cobrindo 204 países e territórios por um grupo internacional de pesquisadores chamado de Colaboradores da Resistência Antimicrobiana.
A resistência a duas classes de antibióticos, beta-lactâmicos (que incluem penicilina) e fluoroquinolonas, foi a razão de mais de 70% das mortes causadas por resistência. Esses medicamentos são as opções de primeira linha para muitas infecções bacterianas.
O estudo foi publicado a semana passada na revista cientifica Lancet.