Antonieta Rosa Gomes, poetisa, ex- ministra da justiça e dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, brindou o público com o seu mais recente livro de poesia de intervenção, a “Chave da Lusofonia”.
O teatro Esfera, em Monte Abraão, tornou-se pequeno para receber um tão grande grupo de amigos e convidados que não quiseram faltar ao lançamento.
A destacar também a presença do escritor Mário Máximo, figura relevante dos assuntos lusófonos, que foi convidado para assumir o papel de orador.
Mário Máximo afirmou, durante a apresentação, que “é muito importante que nos sintamos parte de uma história que é comum a todos.” Mas alerta ainda que os países da lusofonia “não são um mero somatório, é emocionante como é possível chegar a São Tomé, Guiné ou Brasil e ver a diversidade e riqueza de todos.”
A poetisa fez questão de esperar que as condições estivessem reunidas para fazer uma apresentação presencial, porque nas suas palavras “faz todo o sentido esta partilha”. O livro segue o mesmo registo do seu primeiro livro de poesia “Retratos de Mulher”, lançado em 2013 no Brasil, Guiné Bissau e em Portugal.
A também autarca da Câmara Municipal de Sintra, militante do PS, advoga que este é o seu estilo literário preferido, a poesia de intervenção.
Quando se refere a um tema tão vasto como a Lusofonia, Maria Antonieta Gomes refere que o facto de ter tido oportunidade de estudar no Brasil, ter nascido na Guiné-Bissau e agora viver em Portugal, dá-lhe oportunidade de exprimir “essa mundividência” na obra poética que agora apresenta.Apesar do título do livro apostar na “Chave da Lusofonia”, a poetisa admite que “se trata de recordações, constatações e indagações que requerem mais reflexões do que respostas”.
Num evento onde todas as normas sanitárias se fizeram respeitar, também houve “muito aconchego e proximidade”. Houve ainda espaço para um momento de declamação de poesia e a presença do músico Guto Pires.
Antonieta Rosa Gomes licenciou-se em Direito Político, Administrativo e Financeiro pela faculdade de Dirito da Universidade de São Paulo, Brasil. É ainda doutorada em Estudos Africanos no ISCTE, Lisboa, Portugal.