BA ARTFEM 2020- Bienal Internacional de Mulheres Artistas vai estar patente entre 30 de setembro e 13 de dezembro sob o tema “Natura” – conceito veiculado à proteção do ambiente e tradições etnográficas. Cerca de 98 criadoras de 22 países apresentam 143 obras numa celebração da Arte e Cultura no feminino.
A segunda ARTFEM 2020 tinha a sua estreia prevista para dia 08 de março, dia internacional da mulher, contudo, tendo em conta o clima de pandemia que se instaurou, os organizadores decidiram adiar a abertura para 30 de setembro.
Segundo comunicado da organização, o tema da Bienal de 2020 foca-se no papel da mãe-natureza e a exposição pretende trazer à tona discursos urgentes sobre o meio ambiente, incluindo a sua proteção ou devastação, a relação da humanidade com a natureza e a crise pandémica COVID-19, que afecta o mundo desde dezembro de 2019.”
É ainda de salientar, nas palavras do presidente do certame, Carlos Marreiros, a importância desta Bienal que continua a ser o único projeto internacional em vigor que celebra exclusivamente o papel da mulher no plano artístico e cultural.
A vasta seleção de trabalhos artísticos feitos nas mais diversas áreas artísticas como a pintura, cerâmica, escultura, desenho, serigrafia, vídeo, fotografia e pesquisas plásticas começou a ser feita logo em 2018, após o fecho da 1.ª edição num intenso processo de seleção e escolha, desenvolvido pela equipa curatorial residente, que conta com nomes como o arquiteto Carlos Marreiros, a artista Angela Li da China e Leonor Veiga de Portugal.
O palco escolhido para esta mostra voltou a ser mais uma vez a Região Administrativa especial de Macau (RAEM), que irá estabelecer-se em 4 espaços distintos, o Albergue SCM, o Antigo Estábulo Municipal, a Galeria Lisboa e a Casa Garden.
Portuguesas em destaque na ARTFEM 2020
A artista plástica, activista e agente cultural, Rita GT, será uma das 16 participantes portuguesas presente na Bienal. Nascida no Porto, vive entre Lisboa, Londres, Luanda e explora principalmente temas associados à identidade, memória e Direitos Humanos.
Em declarações à e-global não escondeu a sua satisfação pela presença no certame, afirmando que tendo em vista a conjuntura actual, a tomada de consciência da importância dos direitos de igualdade humanos, a bienal será, sem dúvida, um marco na arte contemporânea internacional.
A obra da artista que figurará na Bienal intitula-se Blasé. É parte de uma série de colagens realizada em 2018 que representa uma afirmação, uma obra feminista e política inspirada na música e letra de Archie Shepp, lendário saxofonista norte-americano que pautou a sua vida pela luta contra as injustiças raciais.