O escritor brasileiro Victor Vidal venceu a 15ª edição do Prémio Leya, no valor de 50 mil euros, com a obra “Não há pássaros aqui”, anunciou, ontem, o presidente do júri, o escritor Manuel Alegre. A edição deste ano do prémio Leya foi a mais concorrida de sempre, apresentando-se a concurso 907 candidatos de 14 países. Portugal, Brasil, Angola e Moçambique foram os países de onde vieram mais originais.
Nascido em 1991, no Rio de Janeiro, Victor Vidal é graduado em História da Arte, sobretudo a japonesa, e está a concluir o doutoramento em Artes Visuais na Universidade Federal da sua cidade natal. O romance “Não Há Pássaros Aqui” é o seu primeiro livro.
O escritor brasileiro de 32 anos mostrou-se “muito emocionado e muito grato” pela atribuição do prémio. O júri destacou “a coerência entre a escrita tão adequada à inserção de uma história invulgar de grande violência e de segredos escondidos na aparente banalidade do quotidiano.”
O Prémio Leya foi criado em 2008 com o objetivo de distinguir um romance inédito escrito em português, sendo o prémio literário com o maior valor pecuniário para romances inéditos em língua portuguesa.