Intitulada “Tudo o que eu quero. Artistas Portuguesas de 1900 a 2020” a exposição abre a 1 de junho na Sede e no Museu da Fundação Gulbenkian e ficará patente até 23 de agosto. Com curadoria de Helena de Freitas e de Bruno Marchand, a exposição vai reunir cerca de duas centenas de obras de pintura, escultura, desenho, objeto, livro, instalação, filme e vídeo, produzidas por 40 mulheres artistas portuguesas, desde o início do século XX até aos nossos dias.
Nas palavras dos curadores, “o conjunto de obras, aqui reunido, constitui um documento em si mesmo da luta das suas autoras pelo pleno direito à sua voz”. Estarão presentes artistas de referência como Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Paula Rego, Ana Vieira, Salette Tavares, Helena Almeida, Joana Vasconcelos, Maria José Oliveira, Fernanda Fragateiro, Sónia Almeida e Grada Kilomba, entre muitas outras.
A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, destacou a importância de “aumentar a visibilidade das mulheres no sector cultural e criativo, uma das prioridades políticas da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, promovendo a representação igualitária das obras das mulheres em exposições, museus, galerias, teatros, festivais e concertos. Esta é a única forma de sair dos papéis rígidos e confinados do género”.
Por seu lado, Isabel Mota, presidente da Fundação, declara que, “além de contribuir para reparar algumas injustiças no contexto historiográfico nacional”, esta exposição procura “compreender o papel de destaque que as artistas portuguesas assumem na segunda metade do século xx, nomeadamente no plano internacional, muitas delas com uma longa ligação à Fundação, enquanto bolseiras em Portugal e em cidades como Paris, Londres ou Munique.”
A mostra é uma iniciativa do Ministério da Cultura com produção executiva e projeto curatorial da Fundação Gulbenkian, incluída no Programa Cultural da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.