Nos últimos meses o CEO da SpaceX, Elon Musk, tem tornado bem claras as suas ambições de levar os primeiros seres humanos a Marte. A conferência que teve lugar ontem em Guadalajara, no México, foi mais um passo nessa direção, um importante tendo em conta que consistiu na explicação de Musk sobre como pretende tornar esse projeto realidade. “O que quero aqui é fazer com que Marte pareça possível, como se fosse algo que conseguiremos no espaço das nossas vidas”, clarificou logo à partida o CEO da agência espacial.
Admitindo que ninguém quer ficar para sempre na Terra e sofrer uma possível extinção, Musk e a respetiva equipa conceberam um novo foguetão (sensivelmente do tamanho de dois Boeing 747) que seria capaz de transportar até cem pessoas por viagem, com a meta a ser aumentar o número para 200 para tornar o bilhete da viagem o mais barato possível. Quanto ao tempo da viagem, os tripulantes destas primeiras travessias teriam de esperar no mínimo 80 dias para chegar ao ‘planeta vermelho’.
Tal como tem vindo a ser indicado pelos vários testes de descolagem de foguetões, a SpaceX pretende reduzir consideravelmente os custos reaproveitando todos foguetões que transportem os módulos com tripulantes. Este módulo estará já equipado com os meios necessários para estabelecer uma colónia a longo prazo, sendo que de momento ainda não foi esclarecida a forma como esta colónia será abastecida com comida.
Outro pormenor que ainda está por esclarecer é relativo ao financiamento deste projeto, que como conta o The Guardian poderá depender de crowdfunding e do lucro gerado por outras empresas de Elon Musk. “O motivo porque estou a adquirir ativos é para financiar isto. Não tenho qualquer outro propósito senão tornar a vida interplanetária”, afirmou Musk.
