5 problemas de placenta que as grávidas devem conhecer

A placenta é um órgão temporário que se desenvolve no útero durante a gravidez. Fornece nutrientes e oxigénio ao bebé para o seu desenvolvimento e crescimento. Como uma placenta é criada em cada gravidez, é possível que cada gravidez tenha um resultado diferente.

Courtney Townsel, uma ginecologista obstétrica da Michigan Medicine University, esteve duas vezes no lugar das suas pacientes e em ambas as gestações teve dois distúrbios placentários separados. Mesmo como uma obstetra treinada e com boa saúde, as gestações de alto risco de Townsel apanharam-na desprevenida levando a que esta obstetra investiga-se os cinco distúrbios placentários que ela recomenda que todas as mulheres conheçam antes de engravidar.

Insuficiência Placentária

A insuficiência placentária é o diagnóstico que catalisou o interesse de Townsel em pesquisar sobre gestações de alto risco. Nesta condição, a placenta não consegue fornecer oxigénio e nutrientes suficientes para o bebé, o que pode levar à restrição do crescimento fetal e possíveis problemas com o desenvolvimento do bebé. A insuficiência ocorre porque a placenta não se adere perfeitamente ao útero, o que impede a dilatação das artérias e restringe o fluxo de nutrientes e oxigénio importantes.

As mães com essa condição requerem visitas frequentes a um obstreta, bem como restrições de actividades já que precisam ter a certeza de que todo o fluxo sanguíneo possível está a ir para o feto, não para músculos cansados ​​ou fatigados.

Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma complicação da gravidez que causa pressão alta e possível dano renal. Os sintomas incluem ganho de peso excessivo num curto período, inchaço das pernas, mãos e dedos e dores de cabeça.

A detecção de pré-eclâmpsia é uma das razões pelas quais os médicos verificam a pressão arterial e medem a proteína na urina durante o pré-natal. Pode ser atribuído a doenças auto imunes, fatores genéticos, dieta e problemas relacionados aos vasos sanguíneos. Ironicamente, a pré-eclâmpsia também pode causar insuficiência placentária.

Placenta prévia

A placenta prévia ocorre quando a placenta bloqueia total ou parcialmente o colo do útero, que é a abertura para o útero. Isso é um problema porque o bebé passa pelo colo do útero e pelo canal do parto durante o parto vaginal.

Os sintomas dessa condição incluem cólicas e sangramento normalmente após 20 semanas. O tratamento envolve medicamentos, repouso pélvico e restrições de atividades, incluindo sexo. Se a condição não se resolver, o que acontece com frequência, o parto geralmente é feito por cesariana.

Descolamento da placenta

Uma condição altamente perigosa para a mãe e o bebé, o descolamento da placenta ocorre quando a placenta se separa prematuramente da parede uterina. Isso pode interromper o suprimento de oxigénio e nutrientes do bebé, restringindo seu crescimento, ou causar um parto prematuro ou natimorto.

“Isso também pode levar a um grande sangramento da mãe e ser fatal para ela”, diz Townsel. Isso pode levar a transfusões, insuficiência renal, problemas de coagulação do sangue ou histerectomia.

Às vezes, ocorre quando a mãe passa por um trauma como uma queda, um acidente de carro ou uma pancada no abdómen. A perda rápida de líquido amniótico, que protege o bebé no útero, também pode ser a causa.

Placenta Accreta Spectrum

Se a placenta se expandir muito para dentro do útero, é chamada de placenta acreta. Pode atingir até a bexiga ou envolver o reto.

Frequentemente, essa condição não é detectada até depois do parto, quando a placenta não se desprende da parede uterina. Às vezes, parte ou tudo permanece. Removê-lo pode causar perda grave de sangue após o parto. Ocasionalmente, o médico deve realizar uma histerectomia nesse caso.

A causa é desconhecida, mas os riscos são maiores para aquelas que fizeram cirurgia anterior no útero (cesariana anterior ou outra cirurgia uterina), defeitos anteriores no músculo uterino ou em mulheres com mais de 35 anos. Às vezes, acontece sem motivo detectável.

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