O farmacologista Robert Laprairie, da Universidade de Saskatchewan (USask) no Canadá, vai desenvolver um estudo para determinar como o uso de cannabis pela mãe durante a gravidez afeta o cérebro do feto em desenvolvimento que ela carrega.
“Após a legalização da cannabis no Canadá em 2018, há uma preocupação merecida de que as pessoas possam procurar a cannabis para uso medicinal ou recreativo durante a gravidez”, refere Laprairie. Embora algumas pessoas acreditem que a cannabis ajuda a reduzir as náuseas durante a gravidez, Laprairie avisa que “Há um equívoco geral entre o público de que, por ser natural, é seguro. Mas é uma droga como qualquer outra. ”
Há alguns dados disponíveis de estudos em humanos que mostram que bebés expostos ‘in utero’ ao fumo de cannabis pesam menos e têm pés mais curtos. Estudos feitos em ratos descobriram que os canabinóides injetados levam ao aumento da ansiedade, déficits de aprendizagem e alterações metabólicas em crias. No entanto, a cannabis injetada difere significativamente da cannabis da planta inteira que é fumada, que contém outros ingredientes psicoativos além de apenas o THC.
“Há algum trabalho feito, mas precisamos de aprofundar”, salienta Laprairie que irá trabalhar com mais três cientistas.