Uma nova pesquisa feita por uma equipa internacional de químicos descreve um novo tipo de célula artificial que pode comunicar com outras células dentro do corpo – com aplicações potenciais no campo de produtos farmacêuticos inteligentes.
“No futuro, células artificiais como esta poderiam ser projetadas para sintetizar e fornecer moléculas terapêuticas específicas adaptadas a condições fisiológicas ou doenças distintas – tudo dentro do corpo”, explicou Sheref Mansy, professora da Faculdade de Ciências da Universidade de Alberta que conduziu o estudo em colaboração com investigadores da Universidade de Trento, na Itália.
As células artificiais funcionam detectando mudanças do ambiente no corpo. Em resposta, a célula artificial cria e liberta um sinal de proteína que influencia o comportamento das outras células dentro do corpo. “Desta forma, as necessidades de mudança do hospedeiro seriam rapidamente satisfeitas de uma maneira que não inundasse o organismo inteiro com moléculas de drogas”, disse Mansy.
O laboratório de Mansy é o primeiro a construir células artificiais que podem comunicar quimicamente e influenciar o comportamento das células vivas naturais – primeiro com bactérias e agora com células encontradas em organismos multicelulares.
“Este trabalho começa a fazer a ponte entre o tipo de trabalho mais teórico ‘o que é a vida celular’ e as tecnologias aplicadas e úteis”, observou Mansy.