Ao longo da história, as pandemias têm sido um fator-chave na mudança da população humana, graças à mortalidade e ao declínio das taxas de fertilidade. E, de acordo com um novo estudo, a pandemia da covid-19 não é exceção.
Os nascimentos diminuíram 7,1% nos Estados Unidos, de acordo com o estudo “Avaliação precoce da relação entre a pandemia de COVID-19 e nascimentos em países de alto rendimento”, publicado a 7 de setembro no “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Na sua pesquisa, Seth Sanders, e a restante equipa da ILR Schoolseus, relataram a relação entre a pandemia covid-19 e nascimentos em 22 países de alto rendimento. Encontraram quedas particularmente fortes no sul da Europa: Itália (-9,1%), Espanha (-8,4%) e Portugal (-6,6%), enquanto Dinamarca, Finlândia, Alemanha e Holanda não registraram queda alguma.
Sobre os resultados, os autores escreveram: “Quando comparada à grande queda no sul da Europa, a estabilidade relativa das [taxas brutas de natalidade] no norte da Europa aponta para o papel das políticas de apoio às famílias e ao emprego na redução de qualquer impacto sobre os nascimentos.”