Variante de Covid-19: OMS alerta que Europa deve “fazer mais” face a “uma situação alarmante”
A Europa deve “fazer mais” face a “uma situação alarmante”, devido à circulação na região de uma nova variante mais contagiosa do coronavírus, detetada pela primeira vez no Reino Unido, declarou na quinta-feira a direção regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Estas são as medidas básicas, que todos nós sabemos, que devem ser intensificadas para reduzir a transmissão, aliviar nossos serviços Covid-19 e salvar vidas”, disse o diretor europeu da OMS, Hans Kluge, durante uma conferência de imprensa online.
É importante generalizar o uso de máscaras, limitar o número de ajuntamentos sociais, respeitar a distância física e a lavagem das mãos e combinar essas medidas com sistemas adequados de despistagem e rastreio adequados e ao isolamento de pacientes, detalhou o responsável.
De acordo com as estimativas da organização, a nova variante “pode substituir gradualmente outras que circulam pela região, como acontece no Reino Unido e cada vez mais na Dinamarca.”
Vinte e dois países da zona da Europa, que inclui 53 incluindo a Rússia, já registaram casos relacionados a esta nova variante, disse a OMS.
Variante não altera natureza da doença
A variante B.1.1.7, agora denominada “VOC 202012/01” não altera a natureza da doença. “O Covid-19 não é mais nem menos grave” e “as crianças não parecem estar mais expostas“, indicou Hans Kluge.
As primeiras indicações também sugerem que as vacinas Covid-19 são eficazes contra a variante.
No entanto, devido ao aumento da transmissibilidade, a variante pode aumentar o número de casos e contribuir para a saturação dos sistemas de saúde, segundo a OMS.
“É uma situação alarmante, o que significa que por um curto espaço de tempo teremos que fazer mais do que temos feito e intensificar as medidas de saúde pública e as medidas sociais para ter certeza de suavizar as curvas em alta muito acentuada em alguns países”, reforçou Hans Kluge.
Severamente afetada pela pandemia, a Europa registou mais de 27,6 milhões de casos e 603.000 mortes, de acordo com a tabela de vigilância da Organização.
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