Um homem cego que recebeu um gene de uma proteína de alga sensível à luz pode agora ver e tocar objetos com a ajuda de óculos especiais, relataram investigadores da Universidade da Pensilvânia.
Os ganhos de visão são modestos, o paciente não consegue ver cores ou discernir rostos ou letras. Mas se o tratamento ajudar outros participantes do estudo, pode oferecer vantagens sobre outras tecnologias de visão para pessoas gravemente cegas.
Para os neurocientistas o resultado é um marco: o primeiro relatório publicado do uso de uma tecnologia relativamente nova chamada optogenética para tratar uma doença em pessoas.
A optogenética usa luz para controlar os neurónios. Os cientistas adicionaram o gene de uma proteína sensível à luz chamado um opsina a partir de algas ou de bactérias e, em seguida, uma luz sobre a célula para desencadear a alteração da forma, o que muda o neurónio.
Desde que foi desenvolvida há quase 20 anos, a optogenética tem sido usada principalmente como uma ferramenta para estudar os circuitos cerebrais em animais. Mas os investigadores esperam vir um dia a tratar doenças como Parkinson e cegueira.