A malária continua a ser uma preocupação na província de Cabo Delgado, não obstante as medidas em curso nas unidades sanitárias e comunidades tendentes a minimizar a doença. Durante os primeiros três meses deste ano, aquela província registou 226.662 casos, mas ainda que seja um dado menor em relação ao mesmo período de 2022 onde havia 335.577 pacientes, os números continuam preocupantes.
O governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, ao revelar estes dados, esta quinta-feira, (27) na cidade de Pemba, por ocasião do dia da luta contra a malária e da semana africana de vacinação, disse que dos mais de 200 mil casos resultaram cinco óbitos contra 28 do mesmo período do ano passado.
Contudo, o governador de Cabo Delgado, destaca a melhoria da resposta sanitária mas ainda insiste que o sucesso dos programas de saúde, numa província severamente afetada pelo terrorismo, depende do envolvimento de toda a população no cumprimento das medidas e promoção de hábitos saudáveis.
“O sucesso na luta contra a malária e doenças preveníveis através da vacinação requer o envolvimento de todos nós na adoção de medidas preventivas e de promoção de saúde nomeadamente o uso correto de redes mosquiteiras, limpeza dos charcos ou pequenos depósitos de águas paradas à nossa volta, eliminação de resíduos sólidos ou lixo nos nossos quintais e início precoce das consultas pré-natais com vista a receber os medicamentos preventivos da malária”.
O dia mundial da luta contra a malária, celebra-se no dia 25 de abril e neste ano foi celebrado sob o lema “Tempo de Investir, Inovar e Implementar”.
Na província de Cabo Delgado, a inobservância das medidas e recomendações médicas e o fraco saneamento do meio, que aumenta a reprodução dos mosquitos que são os principais vetores, são alguns dos principais fatores que contribuem para o aumento de casos de malária, levando à uma taxa de 57 % ou seja em cada 100 pessoas que se queixam de problemas de saúde nas unidades sanitárias, pelo menos 57 apresentam sinais e sintomas do plasmodium.