Um grupo de psicólogos da Universidade de Liverpool no Reino Unido analisou mais de 2000 pinturas de 7 pintores famosos e acreditam ter conseguido identificar nas pinturas os sinais do progresso da doença degenerativa, em particular do Alzheimer. Foi possível chegar a esta conclusão, comparando com quadros de pintores que nunca desenvolveram a doença com quadros dos pintores que de facto vieram a desenvolver algum tipo de demência.
Analisaram quadros de Claude Monet, Pablo Picasso, Marc Chagall, Salvador Dali, Norval Morrisseau, Willem de Kooning e James Brooks. Numa simbiose entre a arte e a ciência, os psicólogos usaram um software de digitalização para calcular a variação da “densidade fractal” nas pinturas de cada artista ao longo dos anos. Descobriram que nos quadros dos artistas há variações significativas muitos anos antes da doença ter sido diagnosticada. É o caso de James Brooks, onde os psicólogos identificaram marcas de distinção quando o pintor tinha apenas 40 anos, e a sua doença só foi diagnosticada aos 79 anos.
Em declarações ao The Guardian, a psicóloga Alex Forsythe diz que não acredita que esta descoberta possa ser uma ferramenta para diagnosticar a doença, mas uma oportunidade para abrir portas na investigação da demência.