Uma equipa de investigadores da Universidade de Waterloo revelou que o facto de as pessoas passarem mais tempo nas redes sociais ajudou a espalhar a desinformação durante a pandemia.
Os cientistas examinaram 81 artigos publicados sobre análises às redes sociais durante a pandemia. Um dos estudos, por exemplo, analisou 12 milhões de publicações no Twitter dos Estados Unidos e 15 milhões das Filipinas e encontrou uma ligação entre as atividades de bot e a taxa de discurso de ódio durante os estágios iniciais da pandemia. Outro estudo analisou os 100 principais vídeos do YouTube com mais visualizações em janeiro de 2020 e descobriu que menos de 33% incluíam recomendações sobre a contenção de COVID-19.Infelizmente, os vídeos enganosos representaram cerca de 40% do conteúdo e tiveram mais “gostos” e tempos de exibição mais longos.
Os cientistas concluíram através da analise destes estudos que as redes sociais tornaram-se uma plataforma para a desinformação e ajudou a divulgá-la de forma ampla. Os invetsigadores não analisaram o impacto dessa desinformação, mas referem que pode-se “imaginar que causou danos significativos, especialmente na saúde mental das pessoas e no comportamento do regime COVID”.
Zahid Butt, um dos autores do estudo, disse: “Todas as redes tendem a ser mais utilizadas quando ocorre uma emergência, mas as redes sociais são as mais fáceis de recorrer e participar quando um evento como uma pandemia ocorre. E porque o conteúdo é gerado pelo utilizador, também é fácil apresentar imprecisões ou informações subjetivas, indo tão longe como teorias de conspiração não verificadas.”