Angola acusada de “ataque frontal aos direitos humanos”

Membro da Polícia Nacional de Angola

Membro da Polícia Nacional de Angola

Amnistia Internacional e a OMUNGA denunciaram o “ataque frontal aos direitos humanos” que acontece em Angola. Como tal, apelaram ao fim das violações dos direitos de liberdade, de expressão e de manifestação no país governado por João Lourenço. 

“A Amnistia Internacional e a organização de direitos humanos angolana OMUNGA documentaram inúmeras violações por parte da aplicação da lei, incluindo o assassinato de 10 pessoas entre maio e setembro de 2020 por membros da Polícia Nacional e das Forças Armadas Nacionais encarregados de implementar as restrições da Covid-19”, pode ler-se na nota divulgada. 

Estas posições surgem após as autoridades angolanas terem aumentado a repressão aos dissidentes nos últimos meses. Para dispersarem os participantes das últimas manifestações ocorridas no país recorreram a uma força considerada desproporcional e desnecessária, além de homicídios ilegais. 

O mesmo tem acontecido no combate às violações das normas do Estado de Emergência imposto para conter a pandemia da Covid-19. 

De acordo com o diretor da Amnistia Internacional para África Oriental e Austral, Deprose Muchena, “o Estado usa as forças de segurança para silenciar as pessoas e negar-lhes o seu direito à liberdade de expressão e de reunião pacífica (…). O que é ainda mais assustador são os assassinatos ilegais de angolanos, considerados violadores das regras da Covid-19, pelas forças de segurança”. 

Já o diretor executivo da OMUNGA, João Malavindele,  pediu às autoridades angolanas que pare“imediatamente com o uso de força ilegal pelas forças de segurança” e que “investiguem as violações e responsabilizem os seus autores”.

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