A informação sobre a alegada anulação da eleição de líder da UNITA, que terá sido feita pelo Tribunal Constitucional de Angola, é vista pelo maior partido da oposição no país como uma decisão política em vez de jurídica.
Adalberto Costa Júnior corre o risco de a sua nomeação ser anulada devido a um requerimento de alguns militantes da UNITA, que alegaram o facto de o dirigente ter dupla nacionalidade, angolana e portuguesa. No entanto, o visado já disse diversas vezes que renunciou à cidadania portuguesa antes do congresso de novembro de 2019.
De acordo com o porta-voz da UNITA, Marcial Dachala, a formação política e Costa Júnior aguardam a notificação do Tribunal Constitucional antes de fazerem um pronunciamento oficial sobre o sucedido.
O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da organização política reuniu-se de emergência nesta terça-feira, 05 de outubro, para aferir a veracidade da informação. Isto porque a mesma foi veiculada aos órgãos de comunicação social público e tem sido divulgas nas redes sociais, mas não houve a notificação do tribunal em questão.
Para a UNITA, a informação em questão é “mais uma peça teatral tosca, de atores inábeis do regime que usam os meios públicos de comunicação social para provocar o pânico, o alarmismo e a instabilidade nas hostes da UNITA e do país em geral, a que a UNITA se recusa, com veemência, a fazer parte”.