O presidente angolano, João Lourenço, aprovou na quinta-feira uma lei que anula as regras que antes obrigavam investidores estrangeiros a fazer parcerias com empresas locais, numa tentativa para incentivar a economia angolana.
Lourenço, que sucedeu a José Eduardo dos Santos, prometeu atrair investimentos estrangeiros e um “milagre económico” em Angola depois de a nação ter sido duramente atingida pela queda nos preços do petróleo.
A nova lei, aprovada por unanimidade pelo parlamento com o apoio de partidos da oposição, acaba com a obrigação de um nível de investimento de 230.000 mil dólares e a exigência de que pelo menos 35% do capital tivesse que vir de parceiros angolanos.
Durante o boom do petróleo do país, Dos Santos foi acusado de corrupção e de enriquecer uma pequena elite, incluindo a sua própria família, enquanto milhões de angolanos continuavam em extrema pobreza.
Lourenço, um veterano do MPLA e anteriormente um ministro leal de Dos Santos, comprometeu-se a combater a corrupção e o nepotismo do Estado desde que assumiu o poder.