Ativistas angolanos apelaram nesta segunda-feira, 05 de setembro, à recontagem dos votos e à não validação dos resultados das eleições de 24 de agosto pelo Tribunal Constitucional.
Se a recontagem não acontecer, anunciaram, irão levar a cabo manifestações “ininterruptas”, avança o “Angola 24 Horas”. Tratam-se de ativistas das associações que integram o Movimento pela Verdade Eleitoral (Mover).
Segundo os mesmos, existem várias irregularidades no processo de preparação das eleições gerais angolanas e na votação. Os visados apelaram aos deputados para não tomarem posse, de maneira a não serem declarados “traidores da vontade coletiva”.
As reivindicações foram mencionadas durante um manifesto apresentado em Luanda. Nessa ocasião disseram à Comissão Nacional Eleitoral e ao Tribunal Constitucional para aceitarem “a vontade coletiva de recontagem dos votos e comparação das actas sínteses em posse de todas as entidades públicas e partidárias” antes de serem validados os resultados eleitorais.
De acordo com a acta de apuramento final das eleições gerais de 24 de agosto, o MPLA e o seu candidato, João Lourenço, foram vencedores com 51,17% dos votos. Em segundo terá ficado a UNITA, com 43,95%.