A CASA-CE enfrenta uma dívida de três milhões de dólares, não tendo conseguido eleger nenhum deputado nas eleições de 24 de agosto do ano passado.
É o dirigente da CASA-CE, Manuel Fernandes, quem considera a dívida “histórica”, tendo referido que a coligação deixou de receber dinheiro do Estado. Os mais de três milhões de dólares em falta são uma despesa que resulta principalmente da compra de viaturas.
A coligação vai negociar o passivo com as concessionárias, prometeu o presidente.
“É na base daqueles pressupostos legais da gestão da dívida, e de consensos que devem ser obtidos entre as partes, que nós vamos poder gerir essa situação da dívida. Estamos já num processo de concertação para ver como vamos ultrapassar ou gerir esta situação”, disse à “DW África”.
Eleições gerais de 2027
No entanto, apesar deste período difícil, o dirigente disse que a coligação já se encontra em preparações para as eleições gerais de 2027.
“A campanha eleitoral começa no dia seguinte à publicação dos resultados. Mas é tudo isso que estamos a fazer. Quer dizer, passa por um processo de análise profunda. Com cuidado, temos de ver o que se poderá fazer. Agora, temos a certeza que em 2027 vamos participar nas eleições”, garantiu.
A organização política atravessa um “processo profundo de análise”. Mas Manuel Fernandes salientou que a CASA-CE não pretende transformar-se num partido político, ainda que seja necessário ouvir as bases.
“Nós temos de inverter o quadro. Os partidos devem ser verdadeiras forças políticas de facto. Têm de trabalhar de facto. Estou a falar isso, por exemplo, em relação ao debate desembocar na necessidade de manter-se a coligação e não evoluir para um partido político”, explicou.