A Comissão Instaladora do PRA-JA Servir Angola, dirigida por Abel Chivukuvuku, anunciou que está a ponderar apresentar uma queixa-crime contra pessoa não conhecida. O motivo é a suspeita de adulteração de documentos e dados que apresentaram ao Gabinete dos Partidos Políticos do Tribunal Constitucional.
Esta posição consta de um comunicado final da reunião alargada do ‘Task Force Ad-Hoc’, que analisou na passada quinta-feira, 03 de setembro, o último despacho do Tribunal Constitucional que indeferiu o recurso extraordinário por inconstitucionalidade, interposto àquela instância judicial.
Além da queixa-crime, o projeto político de Chivukuvuku prometeu desenvolver um conjunto de ações políticas e diplomáticas internas e externas. O objetivo é esclarecer o processo desenvolvido no âmbito da sua legalização.
Recorde-se que Chivukuvuku voltou a acusar o MPLA, partido no poder, de estar por detrás da inviabilização do seu projecto político. O político pediu desculpas aos seus membros pela situação, salientando que é a ele que perseguem.
“Sempre foram (MPLA) intolerantes, totalitários, autoritários e pautaram sempre pela exclusão e a História assim prova. Desde a nascença desse partido tudo fizeram até que conseguiram excluir, mandar para o exílio os fundadores, Viriato da Cruz, Mário Pinto de Andrade e Gentil Viana, todos foram enviados para o exílio”, criticou.
Foi também referido que o MPLA não descansou “enquanto não conseguiu eliminar fisicamente Jonas Malheiro Savimbi (líder fundador da UNITA). Justificaram que era por causa da guerra, mas também não descansou enquanto não conseguiram eliminar fisicamente Mfulupinga Landu Victor (líder do PDP-ANA). É a natureza, exclusão e perseguição”.
No entanto, o ex-membro da UNITA e também da coligação CASA-CE garantiu que não vai desistir e que todos têm os mesmos direitos, “independentemente das origens”.