Alguns dos angolanos que moram em Lisboa, capital de Portugal, denunciaram as alegadas atrocidades cometidas pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder nesse país africano.
“João Lourenço, fora”, gritaram muitos, referindo-se assim ao Presidente angolano. Os protestantes da diáspora defenderam a alternância política nas eleições gerais de 2022 e lançaram avisos contra uma possível fraude eleitoral.
A manifestação decorreu junto ao Consulado Geral de Angola, onde se ouviu o descontentamento perante os 46 anos de governação do MPLA. “Nós estamos conscientes de que, em 40 anos de governação, o MPLA [pôs] em causa a nossa integridade humana. Veja, a miséria no Cunene, no Sul de Angola, é extrema. É uma miséria que não representa aquilo que são os princípios dos Direitos Humanos que Angola ratificou na sua ordem jurídica interna”, afirmou um dos presentes.
Para os manifestantes, o MPLA exerce uma ditadura e é o principal responsável pela corrupção e pela pobreza extrema em Angola.
“É inadmissível um país soberano onde há tanta riqueza e o povo a viver na miséria extrema. Há muita pobreza, muita gente a viver mal. A nossa governação não quer saber do povo que a elegeu. Não há medicamentos nos hospitais, as pessoas estão a morrer de fome. Os seus filhos vivem bem, quando estão doentes vêm tratar-se na Europa. E lá o povo?”, questionou uma cidadão radicada em Portugal.
Costa Júnior visto como solução
Outro nome ouvido na manifestação, mas de forma positiva, foi o do líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, que corre o risco de sair da presidência da maior formação política angolana na oposição. A sua eleição pode vir a ser anulada pelo Tribunal Constitucional de Angola, que ainda não confirmou a decisão em comunicado.
O grupo de protestantes quer que Costa Júnior, eleito presidente a aliança de partidos da oposição Frente Patriótica Unida, derrote o MPLA nas eleições do próximo ano.
One Comment
Falam da miséria em Angola, como se vivem cá. Isso é falta de patriotismo. Adalberto Costa Júnior vos paga um pequeno subsídio e acham que é o Messias? Angola não é isso que propagam aí.