O presidente destituído da UNITA pelo Tribunal Constitucional de Angola, Adalberto Costa Júnior, declarou que o congresso que o elegeu é “inatacável”. Assim, acusou o MPLA, partido no poder, de estar “desesperado” com a possibilidade de perder as eleições de 2022.
O político referiu igualmente que o MPLA manipula “sem limites” as instituições, como considera ser o caso do Tribunal Constitucional. Este órgão judicial divulgou na passada quinta-feira, 07 de outubro, um acórdão onde é declarada a nulidade do XIII Congresso da UNITA, realizado em novembro de 2019, onde Costa Júnior foi eleito presidente da formação polícia.
Neste âmbito, o atual candidato à Presidência da República através da Frente Patriótica Unida disse estar preocupado com a perda de valores e referentes do estado de direito democrático, conquistados depois da paz assinada em 2002. Trata-se de “um problema muito sério” quando envolve questões legais, acrescentou.
Outra crítica feita foi a da mudança da Constituição numa altura de pré-campanha eleitoral, bem como as alterações à lei eleitoral e ainda a proposta de divisão político-administrativa, “que não foi debatida e não faz parte dos programas estratégicos de governação, nem fez parte da campanha”.
Por enquanto, Adalberto Costa Júnior mantém-se como líder da UNITA, tendo oito dias para reagir à decisão do Tribunal Constitucional. “A UNITA terá uma reação clara e forte”, garantiu.