O deputado da UNITA e Secretário Provincial do partido em Luanda, Nelito Ekuikui, confirmou o plano arquitetado pelo Serviço de Inteligência Nacional e Segurança do Estado (SINSE). Segundo o próprio, tal consiste em executá-lo, física e politicamente.
Ekuikui denunciou então que a perseguição começou quando se recusou a ser comprado. Isto porque, explicou, foi aliciado em janeiro a render as suas convicções políticas em troca de estabilidade financeira, entre outros privilégios.
A recusa dessa proposta não terá caído bem e o resultado consiste, alegadamente, no plano de matar o quadro do maior partido da oposição angolana.
“Tomei o conhecimento de um plano que visa a minha morte física ou política através dos serviços de inteligência (SINSE). A informação é segura porque a recebi de alguém de confiança, na madrugada de hoje (dia 10 de outubro), que me pediu cautela e vigilância”, partilhou.
Ainda segundo as declarações da mesma fonte, tudo indica que neste momento o SINSE esteja a recolher e a atualizar todas as informações possíveis sobre Nelito Ekuikui. O político descreve a situação como triste, uma vez que a instituição que deve assegurar a proteção e segurança de Angola e de todos os cidadãos é usada por interesses de um grupo específico e não patriótico.
“Lutar e defender os interesses dos cidadãos angolanos e da minha própria Pátria é um crime contra o Estado? Defender as minhas convicções e os interesses dos angolanos faz de mim um inimigo do Estado? Eu acredito que não! Continuarei firme a defender os interesses dos angolanos e exigir, nos termos da lei e da constituição, a mudança que já é inevitável!”, concluiu.