Os procuradores-gerais de Angola, Hélder Pitta Gróz, e de Moçambique, Beatriz Buchili, manifestaram a vontade das Procuradorias-Gerais dos respetivos países reforçarem os laços de cooperação bilateral no domínio da prevenção e combate aos crimes de corrupção e de exploração ilegal de recursos minerais. Os laços de cooperação são extensíveis às áreas de capacitação, especialização dos magistrados e investigação de crimes diversos.
De visita à província angolana de Huíla, a Procuradora Beatriz Buchili defendeu que “a exploração ilegal de minérios é uma das áreas que o Ministério Público deve intervir para proteger os recursos e evitar o branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo.”
A magistrada referiu que Moçambique pretende colher experiência de Angola sobre os mecanismos de prevenção de crimes desta natureza, contra atividades agrícolas e outros investimentos estruturantes definidos para o desenvolvimento do país. Para isso espera que a aposta na formação e capacitação dos magistrados possa fazer face a estes tipos de crimes ambientais que afetam diretamente a população.
Por outro lado, o procurador-geral da República de Angola, Hélder Pitta Gróz, afirmou que a extensa relação de cooperação com a Procuraria-Geral de Moçambique traz benefícios mútuos e tem sido consolidada ao longo dos tempos, quer através de trabalhos conjuntos, formação de novos magistrados, troca de experiências e colaboração em processos.
“Temos uma boa colaboração institucional. Concluímos que podemos cooperar entre nós. Ultimamente Angola coopera com Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. As ações conjuntas, o intercâmbio de experiências e conhecimento aprimoram a atuação dos magistrados e do Ministério Público de forma geral. Temos êxitos neste sentido”, afirmou Hélder Pitta Gróz.