O chefe de Estado angolano, João Lourenço, está a tentar reestruturar a dívida do país à China, mas este país não terá gostado da aproximação de Angola aos Estados Unidos da América (EUA). A informação foi avançada por uma fonte da Presidência angolana.
João Lourenço poderá, nos próximos dias, ligar para o homólogo chinês, Xi Jinping, com o objetivo de resolver o impasse em torno da dívida de Angola à China.
O assunto terá sido abordado durante uma audiência que o governante angolano concedeu recentemente ao embaixador da China em Luanda. Com a dívida avaliada em mais de 22 mil milhões de dólares (20 mil milhões de euros), Angola acabou por pedir auxílio ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que se dispôs a mediar um acordo com Pequim.
No início Luanda pediu uma moratória de cinco anos para pagar a dívida. Depois sugeriu a suspensão do envio de petróleo para a China como garantia do reembolso, tendo obtido uma resposta negativa dos chineses.
O Banco de Desenvolvimento da China, que funciona como fundo de investimento e possui cerca de 14.600 milhões de dólares (13.500 milhões de euros) da dívida angolana, não se encontra muito recetivo a renunciar às suas exigências, continuando a China a exigir pagamento em petróleo.
Entretanto, as críticas da população angolana à qualidade de obras feitas por chineses em Angola não contribuem para a concórdia, o que faz com que todos estes sinais de distanciamento de Luanda, coincidindo com aproximação a Washington, incomodem Pequim.
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[…] com receio de verem Angola mais dependente de Pequim, capital da China, decidiram manter a porta aberta a uma eventual adesão de Luanda à iniciativa do G20 sem os condicionalismos exigidos pelo […]