A esposa do ministro da Energia de Angola, Ana Paula Borges, é suspeita de lavar dinheiro em Portugal. O caso poderá envolver o próprio governante, João Baptista Borges, os dois filhos do casal e um sobrinho.
O processo começou no ano passado, com uma denúncia feita às autoridades sobre contratos de prestação de serviços com empresas chinesas e portuguesas, e a compra de imóveis e carros de luxo em Cascais e no Porto. Os negócios terão envolvido milhões de euros que circularam por várias empresas e contas bancárias no Dubai e em Lisboa.
Ana Paula Borges, uma luso-angolana de 62 anos, está a ser investigada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), o órgão do Ministério Público (MP) especializado em criminalidade complexa.
A confirmação do processo foi feita através de uma resposta oficial que o Ministério Público deu às perguntas da “SÁBADO”. “Quanto à cidadã Ana Paula Cabral Borges (…) é suspeita no inquérito – NUIPC 70/21.8TELSB, aberto no DCIAP, relativo a crime de branqueamento”, declarou.
A procuradora que representa a entidade concluiu na resposta que não iria determinar “o levantamento do segredo de justiça” e que indeferia “o requerido acesso aos autos por parte do senhor jornalista”.