O militante do MPLA, afastado do Bureau Político desde 1998, Marcolino Moco, lamenta o combate cerrado aos partidos políticos da oposição, principalmente ao líder da Unita, Adalberto Costa Júnior.
Exonerado recentemente do cargo de administrador não executivo da petrolífera pública, Sonangol, sem prévia comunicação, o político disse nesta sexta-feira, em entrevista a Rádio Essencial, que “há jogo sujo no combate à oposição.” Sustentando é a principal preocupação e estratégia do sistema enfraquecer os adversários. “É assim que perdemos a FNLA, muitos devem estar contentes.”
Moco aponta o líder da Unita, maior partido político na oposição, como o principal alvo a bater. “Alguns vão dizer que estou a defender a Unita. Não, eu estou a defender a justiça”, clarifica.
Naquela que foi a última entrevista a um órgão de comunicação social, o também professor universitário afirmou existir selectividade no combate à corrupção, a bandeira de governação de João Lourenço. E, avançou, igualmente, que deixará de opinar nas redes sociais em prol do bem-estar da família.