As autoridades angolanas decidiram não reconhecer tão cedo o futuro embaixador de Israel para Luanda, refere o “Club-K”. O motivo dever-se-á ao facto de Israel não ter atendido a um alegado pedido acerca do cancelamento de um visto de viagem que o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, solicitou no passado mês de janeiro na embaixada de Israel em Angola.
Essas autoridades são alegadamente citadas em meios diplomáticos no Médio Oriente.
Costa Júnior terá comunicado por escrito ao Presidente da Assembleia Nacional, Fernando Dias dos Santos, sobre o itinerário da viagem que faria ao exterior, uma vez que essa ação faz parte dos regulamentos do Parlamento quanto aos deputados. Na missiva era mencionado que viajaria também para Israel, após ter lá estado há menos de um mês.
Informados de que o dirigente do maior partido da oposição estaria a viajar para alegados contactos com uma empresa israelita especialista em “vigilância eletrónica” para apoios em “frenagem de fraudes eleitorais”, as autoridades angolanas terão então movido a sua influência ligada a competentes entidades junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, para que o visto dado ao líder da UNITA fosse anulado, mas sem sucesso.
Ao saberem que Costa Júnior chegou a viajar para aquele Estado e que o visto foi dado nesse mesmo dia, a 11 de janeiro, pela Embaixada de Israel em Luanda, o regime angolano ter-se-á sentido “não correspondido”, contaram fontes ao “Club-K”. Para manifestarem o descontentamento, emitiram sinais de que avançariam pelo retardamento do processo de acreditação do futuro embaixador que Jerusalém nomeou para Angola.