O Governo angolano e os partidos políticos da oposição continuam a divergir no que diz respeito às eleições autárquicas.
Para os partidos da oposição, o sufrágio deve ocorrer já em 2023. No entanto, o Governo continua a afirmar que espera que os deputados façam o seu trabalho na aprovação da legislação em falta e garante que a nova divisão administrativa não coloca em causa as autárquicas.
“Para o PRS, as eleições autárquicas têm que ser já. É uma necessidade urgente, 2023 é a data”, declarou à “VOA” o secretário-geral do PRS, Rui Malopa.
O político acrescentou que “o resto depende da vontade política do partido que governa porque ele não quer eleições autárquicas e vai adiando”.
Por sua vez, o secretário nacional para a Comunicação e Marketing da UNITA, Evaldo Evangelista, disse que a formação política tem estratégias para forçar o MPLA a realizar as eleições autárquicas em 2023.
“As autarquias não são um luxo, são uma necessidade do povo angolano. Por isso é que a UNITA tem uma estratégia e a estratégia não pode ser revelada”, concluiu, considerando que o líder do MPLA e Presidente da República de Angola, João Lourenço, tem estado constantemente a violar os acordos em épocas eleitorais.