As entidades da província do Cunene defendem que o Governo angolano deve declarar Estado de Emergência no local, devido à fome causada pela seca. A crise local já levou um grande número de pessoas a procurar empregos e alimentos na Namíbia, país vizinho.
Esta situação agravou-se com a praga de gafanhotos, que destruiu lavras na província.
Um dos defensores do Estado de Emergência é o padre Gaudêncio Felix Yakulengue, também líder da Associação “ANO” dos Direitos na província do Cunene. Segundo o próprio, “há neste momento famílias que estão a partilhar com sete outras famílias” o pouco que têm.
“Incentivamos o nosso Executivo a declarar o Estado de Emergência, não tanto por causa da praga de gafanhotos, mas pela situação que o Cunene está a viver”, explicou.
Dessa forma, prosseguiu, iria ser permitido à região receber apoios do exterior do país na mitigação da fome.