O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, negou a existência de censura na TV Zimbo e em outras empresas do setor que reverteram recentemente para o Estado angolano.
Segundo o governante, os órgãos apreendidos a entidades privadas continuam a trabalhar “normalmente”. As declarações foram feitas neste domingo, 18 de outubro, ao intervir na cerimónia alusiva aos 45 anos da Televisão Pública de Angola (TPA).
A mesma fonte disse ainda que as referidas empresas, constituídas com fundos públicos e detidas até então por agentes privados, continuam fiéis às suas linhas editoriais. Foi esta a resposta dada às insinuações da sociedade civil de uma suposta interferência do Governo na TV Zimbo e em outras empresas.
O caso ganhou relevo após ter havido uma denúncia do jornalista e economista Carlos Rosado, que escreveu então nas redes sociais que foi impedido de abordar um tema no espaço de análise na estação televisiva mencionada.
Entretanto, o ministro Manuel Homem garantiu que o Estado está a trabalhar para concretizar, até 2021, o processo de privatização destas empresas. Trata-se de empresas do setor que passaram para a esfera do Estado, este ano, ao abrigo da Lei de Repatriamento de Capitais e Perda Alargada de Bens.
No âmbito do processo, reverteram para o Estado as empresas do Grupo Media Nova (Tv Zimbo, jornal “O País e Rádio Mais), bem como do grupo Interactive Empreendimentos Multimédia, Lda (TV Palanca, Rádio Global e Agência de Produção de Programas de Áudio e Visual).
